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22 de janeiro de 2021

E se der medo, vai com medo mesmo!

22 de janeiro de 2021

E se der medo, vai com medo mesmo!

Jackeline Leal Por Jackeline Leal
@jackelineleal_
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Muita gente, mesmo, acredita que para construir um novo negócio, largar o emprego atual para ir em busca de algo que realmente ame, ou ainda, colocar um ponto final em um relacionamento que não está mais legal, seja preciso que todo medo que temos de fracassar simplesmente desapareça.

Esse sentimento ou desejo de que o medo se vá para que a coragem nasça, nada mais é do que a forma mais fofinha que a gente encontra para procrastinar decisões difíceis e isso não acontece à toa.

Sempre que evitamos sofrer, estamos agindo guiados por uma área bem esperta no nosso cérebro que tenta evitar ter que lidar com emoções difíceis, o que nos leva a crer que esses comportamentos que tanto nos desagradam, como o ato de procrastinar coisas mesmo quando elas são supostamente importantes, são comportamentos naturais do ser humano. Por algum motivo uns fazem mais do que outros, mas todos passamos por isso em algum momento da nossa vida.

Ninguém é proativo em 100% das coisas. Até porque ninguém gosta 100% de tudo o tempo todo. Todo mundo em algum momento vai experimentar sentimentos de medo, angústia, ansiedade, frustração, raiva e por aí vai. A questão é que alguns sabem o que está acontecendo quando estes sentimentos invadem a consciência e outros não.

Os conflitos acontecem, inclusive, porque boa parte de nós acredita fielmente que o que sentimos é responsabilidade do outro, e isso dificulta bastante que nós possamos cuidar das nossas emoções de forma construtiva. É por isso inclusive que, quando mamãe, namorado ou melhor amigo, faz algo fora das expectativas que criamos, ficamos facilmente magoados ou até mesmo com raiva.

E a verdade é que, na maioria das vezes, as nossas emoções são frutos da nossa própria mente e elas aparecem assim sem avisar e desembocam em nós em forma de sentimento, causando um verdadeiro caos em nossas mentes a ponto de nos impedir de agir.

É assim, inclusive, que acontece com o medo. Essa coisa linda que a gente sente toda vez que nos sentimos ameaçados por alguma coisa. Eu sei que parece maluco o fato de não existir um medo real, mas ainda assim, ele ser tão grande!

Sei também que a palavra LINDA ali, assustou você. Eu sei. Tenha fé. O medo é mensageiro e tem coisa mais incrível do que receber um sinal do seu próprio corpo de algo que precisa ser cuidado?

Mas o medo vem sim, sem avisar e é graças a ele que podemos nos proteger de situações que certamente nos colocariam em perigo. Ainda assim, nem sempre ele precisava vir com tanta força. Eu sei.

Graças à preguiça do cérebro de separar melhor fato vivido e emoção sentida, estamos nós aqui, tendo medo de tudo quanto é coisa que nos lembre a ameaça do começo das nossas vidas, ainda quando éramos homens das cavernas.

E a pergunta que não quer calar é, com tanta bagunça na cabeça, como é possível criar, inovar, arriscar, se toda vez que eu fizer isso o meu cérebro teima em entender que precisa ativar o botão do medo? Um medo louco, que nos paralisa e que nos faz sentir incapazes o tempo todo de arriscar a sair da zona de conforto?

É aqui que, sem saída, arriscamos pular do alto do precipício, com medo mesmo. É assim quando a gente arrisca, sabia?

Vai dar dor de barriga, dormência nas mãos, tontura, enjoo ou dor de cabeça, vai sim, e isso nada mais é do que a sua mente dando um chilique de leve a serviço de cuidar da sua vida.

O que fazer, então? Para tentar reduzir tudo isso, organize-se, conecte com o que realmente importa, busque a sua motivação dentro do que será realizado. Construa um plano, uma estratégia e, como sempre digo e aplico na minha vida, vá mais preparado, mas vá com medo mesmo.

Jackeline Leal Jackeline Leal
@jackelineleal_

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